Vivemos uma época na qual o tempo parece correr mais rápido do que o combinado. Cada vez mais cheio de atribuições e sob constante estresse, chegamos mais longe – nossa expectativa de vida é muito maior do que há algumas décadas. Mas será que estamos aproveitando os anos a mais que conquistamos com a ajuda do progresso e da ciência?
A medicina é uma ciência fantástica e em permanente evolução. Desde Hipócrates, talvez o primeiro médico de que se tem notícia, que viveu entre 470 e 377 aC, até os dias atuais, cada dia aprende-se algo novo. Sabemos cada vez mais como atuar na prevenção e no diagnóstico precoce das doenças e suas complicações. Temos a disposição um vasto arsenal de medicamentos, que somado às novas tecnologias, aplicadas desde o diagnóstico à terapêutica, constituem valioso auxilio para proporcionar aos nossos pacientes a conquista de uma saúde cada vez melhor. O fato é que a aplicação de novos conceitos, não deve substituir a essência que fundamenta a ciência médica, mas sim agregar valor a pratica clínica. O médico nunca deve deixar de ouvir o paciente com a máxima atenção, valorizando o exame clínico, para que possa proceder a solicitação de exames e a prescrição de medicamentos e outros procedimentos terapêuticos da melhor maneira possível. Ter um médico que lhe conhece e valoriza esses conceitos é importante para que se conquiste boa expectativa de vida sem abrir mão da qualidade.
As doenças crônicas não transmissíveis representam hoje grande problema de saúde pública na maioria dos países. Estima-se que são responsáveis por mais de 63 % das mortes no mundo. No Brasil, 3 de cada 4 óbitos são causados por complicações decorrentes de alguma doença crônica. O Diabetes mellitus, as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias e as neoplasias representam este grupo de doenças, cujos maiores fatores de risco são: a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, o uso exagerado do álcool e maus hábitos alimentares. A prevenção e o tratamento destas condições se baseiam na melhora de hábitos de vida, daí a importância da adoção de uma boa alimentação, da prática regular de exercícios e do combate ao stress, sobretudo porque não podemos modificar nosso perfil genético. O tratamento do paciente crônico exige acompanhamento com equipe multidisciplinar, realização periódica de exames e uso de medicamentos de forma criteriosa. Aqueles que convivem com alguma dessas doenças precisam estar sempre atentos, pois viroses, traumas, infecções e outros problemas comuns à maioria das pessoas, nestes casos costumam ter consequências mais graves. Investir na prevenção é sempre a melhor estratégia.